segunda-feira, 2 de julho de 2012

A moça e o Doutor

Entrei no consultório 
Que papai me levou

Havia um sofá e um moço de doutor

Ele perguntou “como se sente?”

E eu disse que estava feliz
Que havia encontrado a moça que sempre quis.
Ele me olhou assuntado, dizendo estar errado
Não pude acreditar.
Disseram um dia que amar não era pecado
Agora vejo, meu Deus, que o Estado está errado.
Eu gosto de uma garota e ela gosta de mim
Andamos de mãos dadas e caminhamos pelo jardim
Já paguei meu imposto, não sou de alvoroço 
Trabalho e estudo, sim senhor
Me diga como posso estar errada, se em qualquer estrada, me esforço pra fazer o bem.
A gente ama a mãe, o pai e os bichos também, e porque quando amamos um semelhante, que nos deixa radiante, nos chamam de ignorantes e doentes sem querer?
Doutor, meu nome é Diferença, vim marcar presença e gritar pro mundo que sou viva e tenho um coração, ele pulsa e é sadio, ele ama, não é vadio, quer apenas o direito de ser. 
Mais pode um coração sincero, que uma política sem visão.. e digo mais, doutor, não volto mais aqui não, nessa fábrica de louco. Vou ali fora um pouco, vou ser feliz do meu jeito, com a minha opção.
Escolhi viver e vou vencer todo dia que eu acordar. 
Por mim, por você e por todo mundo que não crê que há amor enquanto pedem punição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário